ODB2 - Prisma 2018 - Cutoff & MyLink2: bug no RDS


Quintao

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Olá pessoal!

O meu carro, adquirido recentemente, é um Prisma LT, (1.4 M - 6 marchas), 2018, com My Link2.

Não tenho o computador de bordo no painel, mas tenho uma interface odb2 que uso com o DashBoard para monitorar os parâmetros do motor. 

Através dos dados da ODB2 é possível ver diversas informações, sendo que a que mais me chamou a atenção é o Consumo e o Fluxo de Combustível instantâneo.

A fim de fazer testes, tentei ver qual o ponto de cutoff do motor, ou seja: a partir de qual rpm que, sem pisar no acelerador, o carro corta a injeção de combustível.

Para a minha surpresa não achei esse ponto! O que descobri foi pior: numa descida, o carro é mais econômico se deixado desengrenado. Vejam os dados:

Com o carro parado, o fluxo de combustível na lenta sem A/C: ~0,7l/h (litros por hora). Com o A/C ligado: ~1 l/h (até aí, normal).

Em movimento, com qqer velocidade, qdo tiro o pé do acelerador o fluxo de combustível nunca vai pra zero (não entra o cutoff). Pelo contrário: o fluxo de combustível fica acima de 1.5, 2 l/h (depende da velocidade).

O rendimento (consumo de combustível) fica, nessa situação, acima de ~60km/l. Se eu desengatar o carro e deixar na marcha lenta, o fluxo cai pra 0.7 l/h (ou 1 com o ac ligado) e o rendimento sobe para aprox 100km/l. Então, a conclusão, por eqto, é que: o o meu carro não tem cutoff e que se comporta de forma que "deixar na banguela" faz ser mais econômico do que deixar engrenado! (espero que eu esteja errado a esse respeito).

Além disso, vejo dois incovenientes: o motor não freia muito o carro, pois não há uma diminuição da velocidade do carro pelo fato da central estar injetando combustível. Então, não dá pra planejar uma redução de velocidade do carro sem ficar usando o freio. E é esse o segundo problema: faz o uso do freio ser bem mais frequente.

O que vcs acham? Já observaram esse comportamento no carro de vcs?

Sobre a MyLink 2: existe um bug com o receptor FM, com a função RDS. o MyLink 2 não mostra todas as informações do RDS das emissoras de FM. Comparem com um MyLink1. Eu abri uma reclamação no ReclameAqui a esse respeito: 

https://www.reclameaqui.com.br/chevrolet/mylink-2-rds-nao-funciona-corretamente-bug-no-firmware_jOCNiecSuhN7-tKl/

Aguardo alguns comentários! 

T+,

DQ

 

 

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50 minutos atrás, Quintao disse:

Além disso, vejo dois incovenientes: o motor não freia muito o carro, pois não há uma diminuição da velocidade do carro pelo fato da central estar injetando combustível. Então, não dá pra planejar uma redução de velocidade do carro sem ficar usando o freio. E é esse o segundo problema: faz o uso do freio ser bem mais frequente.

Normalmente para usar o freio motor em algum declive, o correto é vc reduzir uma ou duas marchas, dependendo da velocidade ou da inclinação e ou da velocidade que deseja manter...

No meu como era 5 marchas colocava 4ª para segurar o carro a uma velocidade razoável, tipo 90~100, até 3ª em casos que precisava baixar mais. A RPM vai subir chegava as 4500 dependendo da situação.

Sobre o cutoff, pode confiar, ele funciona, oque não funciona são essas interfaces que podem até ler, mas nunca saberão exatamente oque o carro esta fazendo...

Não esqueça de criar um tópico se apresentando, segundo de ler as regras, e pesquisar se já existe tópico com o mesmo assunto...

Abs

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@Quintao, interessante o seu relato sobre o cut-off. Seria interessante também se outros usuários pudessem fazer o mesmo teste com outros aparelhos OBD, inclusive scanners para verificar se realmente isso acontece. Poderia verificar também em longas descida para ver se o cut-off se manifesta e também gerenciar a temperatura do motor para ver se abaixa bem.

Quanto ao freio motor, o que faz "parar" o motor é a borboleta de aceleração fechada. Se ela se manter fechada haverá o efeito de freio motor, agora se ela abrir, mesmo que levemente, o efeito será menor, mas devida a alta rotação (ao reduzir uma marcha), o motor ainda ajudará na frenagem. Mas acho que isso só daria para verificar em scanners. Difícil quantificar se o efeito freio motor está prejudicado ou não.

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@Mano

Sim, vc tem razão qto a ter que reduzir uma ou duas marchas. É assim mesmo. Mas é perceptível que há injeção de combustível: no Prisma antigo o cutoff atuava e era facilmente perceptível a desaceleração se o pedal do acelerador fosse desacionado com giro maior do que aprox. 2000 rpm.

@Sekiya

A ideia de postar aqui é justamente essa: esperar que outros membros do forum possam efetuar esse tipo de observação. Permita-me uma observação: o que faz o motor "parar" não é apenas a borboleta fechada. É tb o fato de não haver injeção de combustível. Com isso, não há a explosão no cilindro e o motor acaba dissipando energia cinética na compressão da câmara do cilindro (aspira ar apenas  e, sem combustível, comprime, mas não explode). Bem observado a questão da temperatura: exatamente isso que acontece: sem combustível (sem explosão), o motor passa a ser "refrigerado a ar" internamente. No Prisma antigo, era notável o resfriamento do motor (pq tinha marcador de temperatura) durante o cutoff. Aliás, essa é uma informação importante que a ODB2 disponibiliza: a temperatura do motor. O antigo tinha e foi bem útil para que eu percebesse o vazamento de água do arrefecimento, sem que houvesse sobreaquecimento, por causa da quebra de um terminal da mangueira que derivava a água quente para o sistema de aquecimento interno.

Qto aos dados da ODB2, @Manoestão bem condizentes, inclusive o consumo: fiz uma viagem de mais de 1400km e monitorei o consumo via ODB2 e, tb, calculando manualmente através do odômetro e qtde de combustível gasto. Os valores foram bem próximos: ~17km/l  (com gasolina). Um rendimento muito bom!!! 

O que vejo é que há muita interpretação errada dos números apresentados, inclusive há muita gente que se confunde com as unidades apresentadas ou software mal configurado. Há tb bugs de software: o Dash Board, por exemplo: qdo monitoro o consumo e uso o celular na posição vertical, o valor médio do consumo está corretamente apresentado em km/l. Mas ao colocar o celular na horizontal, o valor muda, mesmo que a unidade continue sendo km/l. 

Vou fazer mais testes e postarei os resultados. Vamos ver o que o pessoal diz... 

T+,

DQ

 

 

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Entendo o seu ponto de vista. Porém, freio motor não é causado pela ausência de combustível. Independe disso. Se assim fosse, motores carburados jamais teriam o efeito e não é o que acontece. Motores ciclo Diesel, porém, não possuem (em teoria) o efeito de freio motor, por não existir borboleta de aceleração e consequentemente o "vácuo" para segurar o motor. Inclusive, neste tipo de motor, existe a ausência de injeção de combustível (pela corte imediato da bomba injetora) e mesmo assim não há freio motor. Por isso que em alguns caminhões existe uma válvula no escapamento que fecha o fluxo dos gases para simular o freio motor (há outros sistemas que atuam no cabeçote do próprio motor).

A questão é que o fato de se haver ou não a explosão vai depender da mistura ar-combustível e em ocasiões onde ocorre o efeito de freio motor, mesmo que houver a injeção de pouco combustível, a mistura está sempre pobre, ou seja, praticamente não há combustível para tanto ar para causar uma explosão na câmara.

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@Sekiya

Muito boa as considerações. Eu havia até pensado em escrever sobre o freio motor (que "tampa" o escapamento) dos ônibus antigos... Lembro-me do barulho que fazia qdo o motorista acionava esse freio (Lembro-me de ver um "botão" acionado pelo pé que ficava no assoalho).

Sobre o fato de haver ou não a explosão na câmara, volta à minha questão com relação ao cutoff. Uma mistura pobre pode sim gerar uma combustão mas sem "força" para provocar uma expansão de forma eficiente. Entretanto gera gás suficiente para deixar o motor mais solto, o que é diferente de 100% em cutoff. Como ainda tenho o Prisma antigo (MAX, 2008), consigo perceber essa diferença entre o cutoff (que eu sei que o antigo faz, pois o tempo de injeção vai pra 0 - nenhum combustível injetado) com o não cutoff do meu Prisma atual.

Mas quero deixar claro que estou muito satisfeito com o carro: sem muito "esforço" em otimizar o consumo (leia-se rodar em velocidades mais baixas), o rendimento que consegui foi de 17km/l. Um rendimento bem respeitoso! ;) No Prisma antigo, o máximo que cheguei a conseguir, no mesmo trecho de 1400km, andando com velociade média mais baixa, foi de aprox 15.5 a 16km/l. 

Vamos ver onde chegamos... 

Obrigado pelas considerações!

DQ

;)

 

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Achei que era nóia minha de perceber que o carro ficava solto quando tirava o pé do acelerador, tenho um Onix automático 2017 e tenho sempre essa sensação, mesmo tirando o pé do acelerador o carro ainda ficava no embalo, não dava aquela reduzida como qualquer outro carro fazia, tendo de usar mais frequentemente o freio. Se a rua for em descida então esquece porque ao invés de desacelerar ele embala mais ainda. 

Não sei se é a mesma coisa do cutoff mas no automático quando tiro o pé do acelerador parece que desengatei o carro e ele vai embalando. Sendo que deveria sentir um minimo de redução de velocidade.

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No caso dos automáticos o problema maior é a relação de marchas e diferencial longos, o que inibe a elevação da rotação ao reduzir as marchas (em modo sequencial). Fora isso, existe o conversor de torque que "patina" quando não bloqueado (parece que no Onix há o bloqueio da 3 marcha em diante).

Para sentir o motor segurando, só engatando 4° ou a 3° em maiores velocidades ou a 2° em menores velocidades. Mesmo assim o efeito de frenagem é bem mais baixo que em um carro manual.

Fico imaginando se os casos de desgaste prematuro das pastilhas de diversos Onix poderia ter alguma relação com o freio-motor deficiente. Ou até mesmo aquela questão do freio ficar sem vácuo nos 1.0 (pelo fato de injetar combustivel a todo momento, a borboleta poderia ficar entreaberta acabando com o vácuo).

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Com relação ao cut off, comprovei que o meu carro. (1.4 2013) somente ocorre de terceira (ou marcha superior) e acima de 1500 rpm. Esse lance do cutoff só ser ativado em terceira em diante deve ser porque há uma velocidade minima.

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Uma atualização: 

Os dados disponibilizados pela ELM327 permitem o cálculo do consumo de combustível. Conhecendo-se a massa de ar aspirada pelo motor e considerando que deva haver uma relação estequiométrica entre a mistura ar e combustível (aprox 14:1), o software calcula o fluxo do combustível. Mas há um valor mínimo de ar que entra no motor sem que haja o acionamento do acelerador (talvez seja da marcha lenta?!?!). Então, isso é a razão pro software não indicar o "cutoff":  não tem monitoramento do tempo de injeção. Mas é perceptível que o motor não segura o carro tanto qto o Prisma antigo segurava. Talvez haja algum algoritmo mais complexo. No Prisma antigo o "algoritmo" para o cutoff é simples: sem acelerar e rotação acima de ~2000rpm. Não depende de marcha. Não depende de velocidade do carro. 

Tentarei verificar o tempo de injeção usando um equipamento de medição ligado diretamente na alimentação dos bicos. Assim que conseguir, postarei os resultados aqui.

Obrigado a todos que, até o momento, deram suas opiniões!

;)

 

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