Quintao Postado Junho 26, 2018 Postado Junho 26, 2018 Olá pessoal! O meu carro, adquirido recentemente, é um Prisma LT, (1.4 M - 6 marchas), 2018, com My Link2. Não tenho o computador de bordo no painel, mas tenho uma interface odb2 que uso com o DashBoard para monitorar os parâmetros do motor. Através dos dados da ODB2 é possível ver diversas informações, sendo que a que mais me chamou a atenção é o Consumo e o Fluxo de Combustível instantâneo. A fim de fazer testes, tentei ver qual o ponto de cutoff do motor, ou seja: a partir de qual rpm que, sem pisar no acelerador, o carro corta a injeção de combustível. Para a minha surpresa não achei esse ponto! O que descobri foi pior: numa descida, o carro é mais econômico se deixado desengrenado. Vejam os dados: Com o carro parado, o fluxo de combustível na lenta sem A/C: ~0,7l/h (litros por hora). Com o A/C ligado: ~1 l/h (até aí, normal). Em movimento, com qqer velocidade, qdo tiro o pé do acelerador o fluxo de combustível nunca vai pra zero (não entra o cutoff). Pelo contrário: o fluxo de combustível fica acima de 1.5, 2 l/h (depende da velocidade). O rendimento (consumo de combustível) fica, nessa situação, acima de ~60km/l. Se eu desengatar o carro e deixar na marcha lenta, o fluxo cai pra 0.7 l/h (ou 1 com o ac ligado) e o rendimento sobe para aprox 100km/l. Então, a conclusão, por eqto, é que: o o meu carro não tem cutoff e que se comporta de forma que "deixar na banguela" faz ser mais econômico do que deixar engrenado! (espero que eu esteja errado a esse respeito). Além disso, vejo dois incovenientes: o motor não freia muito o carro, pois não há uma diminuição da velocidade do carro pelo fato da central estar injetando combustível. Então, não dá pra planejar uma redução de velocidade do carro sem ficar usando o freio. E é esse o segundo problema: faz o uso do freio ser bem mais frequente. O que vcs acham? Já observaram esse comportamento no carro de vcs? Sobre a MyLink 2: existe um bug com o receptor FM, com a função RDS. o MyLink 2 não mostra todas as informações do RDS das emissoras de FM. Comparem com um MyLink1. Eu abri uma reclamação no ReclameAqui a esse respeito: https://www.reclameaqui.com.br/chevrolet/mylink-2-rds-nao-funciona-corretamente-bug-no-firmware_jOCNiecSuhN7-tKl/ Aguardo alguns comentários! T+, DQ Citar
Mano Postado Junho 26, 2018 Postado Junho 26, 2018 50 minutos atrás, Quintao disse: Além disso, vejo dois incovenientes: o motor não freia muito o carro, pois não há uma diminuição da velocidade do carro pelo fato da central estar injetando combustível. Então, não dá pra planejar uma redução de velocidade do carro sem ficar usando o freio. E é esse o segundo problema: faz o uso do freio ser bem mais frequente. Normalmente para usar o freio motor em algum declive, o correto é vc reduzir uma ou duas marchas, dependendo da velocidade ou da inclinação e ou da velocidade que deseja manter... No meu como era 5 marchas colocava 4ª para segurar o carro a uma velocidade razoável, tipo 90~100, até 3ª em casos que precisava baixar mais. A RPM vai subir chegava as 4500 dependendo da situação. Sobre o cutoff, pode confiar, ele funciona, oque não funciona são essas interfaces que podem até ler, mas nunca saberão exatamente oque o carro esta fazendo... Não esqueça de criar um tópico se apresentando, segundo de ler as regras, e pesquisar se já existe tópico com o mesmo assunto... Abs Citar
Sekiya Postado Junho 27, 2018 Postado Junho 27, 2018 @Quintao, interessante o seu relato sobre o cut-off. Seria interessante também se outros usuários pudessem fazer o mesmo teste com outros aparelhos OBD, inclusive scanners para verificar se realmente isso acontece. Poderia verificar também em longas descida para ver se o cut-off se manifesta e também gerenciar a temperatura do motor para ver se abaixa bem. Quanto ao freio motor, o que faz "parar" o motor é a borboleta de aceleração fechada. Se ela se manter fechada haverá o efeito de freio motor, agora se ela abrir, mesmo que levemente, o efeito será menor, mas devida a alta rotação (ao reduzir uma marcha), o motor ainda ajudará na frenagem. Mas acho que isso só daria para verificar em scanners. Difícil quantificar se o efeito freio motor está prejudicado ou não. Citar
Quintao Postado Junho 27, 2018 Autor Postado Junho 27, 2018 @Mano Sim, vc tem razão qto a ter que reduzir uma ou duas marchas. É assim mesmo. Mas é perceptível que há injeção de combustível: no Prisma antigo o cutoff atuava e era facilmente perceptível a desaceleração se o pedal do acelerador fosse desacionado com giro maior do que aprox. 2000 rpm. @Sekiya A ideia de postar aqui é justamente essa: esperar que outros membros do forum possam efetuar esse tipo de observação. Permita-me uma observação: o que faz o motor "parar" não é apenas a borboleta fechada. É tb o fato de não haver injeção de combustível. Com isso, não há a explosão no cilindro e o motor acaba dissipando energia cinética na compressão da câmara do cilindro (aspira ar apenas e, sem combustível, comprime, mas não explode). Bem observado a questão da temperatura: exatamente isso que acontece: sem combustível (sem explosão), o motor passa a ser "refrigerado a ar" internamente. No Prisma antigo, era notável o resfriamento do motor (pq tinha marcador de temperatura) durante o cutoff. Aliás, essa é uma informação importante que a ODB2 disponibiliza: a temperatura do motor. O antigo tinha e foi bem útil para que eu percebesse o vazamento de água do arrefecimento, sem que houvesse sobreaquecimento, por causa da quebra de um terminal da mangueira que derivava a água quente para o sistema de aquecimento interno. Qto aos dados da ODB2, @Manoestão bem condizentes, inclusive o consumo: fiz uma viagem de mais de 1400km e monitorei o consumo via ODB2 e, tb, calculando manualmente através do odômetro e qtde de combustível gasto. Os valores foram bem próximos: ~17km/l (com gasolina). Um rendimento muito bom!!! O que vejo é que há muita interpretação errada dos números apresentados, inclusive há muita gente que se confunde com as unidades apresentadas ou software mal configurado. Há tb bugs de software: o Dash Board, por exemplo: qdo monitoro o consumo e uso o celular na posição vertical, o valor médio do consumo está corretamente apresentado em km/l. Mas ao colocar o celular na horizontal, o valor muda, mesmo que a unidade continue sendo km/l. Vou fazer mais testes e postarei os resultados. Vamos ver o que o pessoal diz... T+, DQ Citar
Sekiya Postado Junho 27, 2018 Postado Junho 27, 2018 Entendo o seu ponto de vista. Porém, freio motor não é causado pela ausência de combustível. Independe disso. Se assim fosse, motores carburados jamais teriam o efeito e não é o que acontece. Motores ciclo Diesel, porém, não possuem (em teoria) o efeito de freio motor, por não existir borboleta de aceleração e consequentemente o "vácuo" para segurar o motor. Inclusive, neste tipo de motor, existe a ausência de injeção de combustível (pela corte imediato da bomba injetora) e mesmo assim não há freio motor. Por isso que em alguns caminhões existe uma válvula no escapamento que fecha o fluxo dos gases para simular o freio motor (há outros sistemas que atuam no cabeçote do próprio motor). A questão é que o fato de se haver ou não a explosão vai depender da mistura ar-combustível e em ocasiões onde ocorre o efeito de freio motor, mesmo que houver a injeção de pouco combustível, a mistura está sempre pobre, ou seja, praticamente não há combustível para tanto ar para causar uma explosão na câmara. Citar
Quintao Postado Junho 27, 2018 Autor Postado Junho 27, 2018 @Sekiya Muito boa as considerações. Eu havia até pensado em escrever sobre o freio motor (que "tampa" o escapamento) dos ônibus antigos... Lembro-me do barulho que fazia qdo o motorista acionava esse freio (Lembro-me de ver um "botão" acionado pelo pé que ficava no assoalho). Sobre o fato de haver ou não a explosão na câmara, volta à minha questão com relação ao cutoff. Uma mistura pobre pode sim gerar uma combustão mas sem "força" para provocar uma expansão de forma eficiente. Entretanto gera gás suficiente para deixar o motor mais solto, o que é diferente de 100% em cutoff. Como ainda tenho o Prisma antigo (MAX, 2008), consigo perceber essa diferença entre o cutoff (que eu sei que o antigo faz, pois o tempo de injeção vai pra 0 - nenhum combustível injetado) com o não cutoff do meu Prisma atual. Mas quero deixar claro que estou muito satisfeito com o carro: sem muito "esforço" em otimizar o consumo (leia-se rodar em velocidades mais baixas), o rendimento que consegui foi de 17km/l. Um rendimento bem respeitoso! No Prisma antigo, o máximo que cheguei a conseguir, no mesmo trecho de 1400km, andando com velociade média mais baixa, foi de aprox 15.5 a 16km/l. Vamos ver onde chegamos... Obrigado pelas considerações! DQ 1 Citar
Ricardo_Astord Postado Junho 27, 2018 Postado Junho 27, 2018 Achei que era nóia minha de perceber que o carro ficava solto quando tirava o pé do acelerador, tenho um Onix automático 2017 e tenho sempre essa sensação, mesmo tirando o pé do acelerador o carro ainda ficava no embalo, não dava aquela reduzida como qualquer outro carro fazia, tendo de usar mais frequentemente o freio. Se a rua for em descida então esquece porque ao invés de desacelerar ele embala mais ainda. Não sei se é a mesma coisa do cutoff mas no automático quando tiro o pé do acelerador parece que desengatei o carro e ele vai embalando. Sendo que deveria sentir um minimo de redução de velocidade. Citar
Sekiya Postado Junho 27, 2018 Postado Junho 27, 2018 No caso dos automáticos o problema maior é a relação de marchas e diferencial longos, o que inibe a elevação da rotação ao reduzir as marchas (em modo sequencial). Fora isso, existe o conversor de torque que "patina" quando não bloqueado (parece que no Onix há o bloqueio da 3 marcha em diante). Para sentir o motor segurando, só engatando 4° ou a 3° em maiores velocidades ou a 2° em menores velocidades. Mesmo assim o efeito de frenagem é bem mais baixo que em um carro manual. Fico imaginando se os casos de desgaste prematuro das pastilhas de diversos Onix poderia ter alguma relação com o freio-motor deficiente. Ou até mesmo aquela questão do freio ficar sem vácuo nos 1.0 (pelo fato de injetar combustivel a todo momento, a borboleta poderia ficar entreaberta acabando com o vácuo). Citar
Carlos Postado Junho 27, 2018 Postado Junho 27, 2018 Com relação ao cut off, comprovei que o meu carro. (1.4 2013) somente ocorre de terceira (ou marcha superior) e acima de 1500 rpm. Esse lance do cutoff só ser ativado em terceira em diante deve ser porque há uma velocidade minima. Citar
Quintao Postado Julho 2, 2018 Autor Postado Julho 2, 2018 Uma atualização: Os dados disponibilizados pela ELM327 permitem o cálculo do consumo de combustível. Conhecendo-se a massa de ar aspirada pelo motor e considerando que deva haver uma relação estequiométrica entre a mistura ar e combustível (aprox 14:1), o software calcula o fluxo do combustível. Mas há um valor mínimo de ar que entra no motor sem que haja o acionamento do acelerador (talvez seja da marcha lenta?!?!). Então, isso é a razão pro software não indicar o "cutoff": não tem monitoramento do tempo de injeção. Mas é perceptível que o motor não segura o carro tanto qto o Prisma antigo segurava. Talvez haja algum algoritmo mais complexo. No Prisma antigo o "algoritmo" para o cutoff é simples: sem acelerar e rotação acima de ~2000rpm. Não depende de marcha. Não depende de velocidade do carro. Tentarei verificar o tempo de injeção usando um equipamento de medição ligado diretamente na alimentação dos bicos. Assim que conseguir, postarei os resultados aqui. Obrigado a todos que, até o momento, deram suas opiniões! Citar
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