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O Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina, Latin NCAP, divulgou hoje o resultado da uma nova bateria de testes de segurança. Os hatches Chevrolet Agile e Renault Clio estão entre os avaliados e, na proteção de adultos, não atingiram nenhuma estrela nos testes de impacto realizados pela entidade, ou seja, foram classificados como totalmente inseguros.

A versão do Agile avaliada foi fabricada na Argentina e não conta com airbags. Segundo o Latin NCAP, o principal motivo pelo qual ela obteve nota zero foi a falta de proteção para a cabeça, o pescoço e a região peitoral - perceptível mesmo antes do teste de impacto. Os joelhos do motorista e do passageiro também poderiam ter impactado contra estruturas perigosas do painel no caso de uma colisão real.

Em relação à proteção para crianças, o Agile foi avaliado com duas estrelas, pois a cadeirinha de retenção não evita um deslocamento excessivo do corpo de crianças de três anos. O dummie que representava uma criança de 18 meses apresentou altas cargas de impacto no peito. Ambos assentos infantis tinham instruções de instalação insuficientes.

O compacto Renault Clio foi avaliado na versão Mio, vendida exclusivamente na Argentina, e também não atingiu nenhuma estrela na proteção de adultos e apenas uma estrela na proteção de crianças. Embora não seja uma versão vendida no Brasil, trata-se estruturalmente do mesmo modelo comercializado por aqui. O Clio avaliado também não contava com airbags.

Segundo o Latin NCAP, a proteção na cabeça do motorista foi baixa, ultrapassando os limites adimitidos pelos protocolos. Assim como no Agile, a proteção do peito do motorista foi fraca devido ao contato com o volante. No caso de uma colisão real, os joelhos do passageiro poderiam ter impactado contra estruturas perigosas por trás do painel.

Em relação à proteção para crianças no Clio, a cadeirinha de retenção não evitaria um deslocamento excessivo, nem altas cargas no peito da criança de três anos. Além disso, as instruções de instalação em ambas as cadeirinhas não foram suficientes e elas não ficaram aderidas de forma permanente, ao assento do veículo.

Nesta, que é a 4ª fase de testes realizados pela entidade, o Latin NCAP priorizou modelos fabricados ou vendidos no México. Também foram avaliados os hatches Seat Leon, Suzuki Alto e Suzuki Celerio e o sedã Nissan Tsuru (uma versão antiga do Sentra vendido no Brasil). Trata-se da primeira bateria de testes realizada desde as mudanças nas regras da avaliação, que ficou mais severa (veja mais no fim da página).

De janeiro de 2012 até ontem, o Chevrolet Agile emplacou 71.610 unidades, de acordo com levantamento da associação de revendedores Fenabrave. No mesmo período, foram vendidas 32.525 unidades do Renault Clio, segundo a mesma instituição. Isso totaliza 104.135 novos carros avaliados com nota zero rodando pelo Brasil desde o ano passado.

Os fabricantes

Contactada pela reportagem de Autoesporte, a General Motors do Brasil, fabricante do Chevrolet Agile, declarou não ter posicionamento oficial sobre os resultados.

Já a Renault afirmou que "o Clio está alinhado com o nível de segurança do mercado brasileiro e com o segmento dele, e não está abaixo no nível de segurança dos demais concorrentes do mercado". Além disso, reitera que "o método de teste do Latin NCAP mudou, e que não pode ser comparado com os resultados que foram obtidos até então".

Por sua vez, a Anfavea, associação que representa os fabricantes de automóveis no Brasil, afirma que os ceritérios adotados pelo Latin NCAP diferem das entidades internacionais e da legislação brasileira. "As instituições independentes devem ser respeitadas, mas com a ressalva de que elas seguem critérios próprios, que não necessariamente condizem com aqueles adotados pelas legislações estabelecidas em nenhum lugar do mundo", afirma Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea. A associação ainda ressalta que as "legislações apresentam resultado binário – passa ou não passa – e o veículo só pode ser comercializado se atingir os resultados exigidos pelo que a lei estabelece".

“As automóveis produzidos e comercializados pelas nossas associadas são seguros os testes de colisão em nosso país tiveram início em 1973 com a publicação de norma brasileira, já baseada em legislações internacionais”, conclui Luiz Moan Yabiku Junior.

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Segurança inadequada

Um dos principais destaques do Latin NCAP foi o fado de nenhum dos modelos avaliados ter atingido cinco estrelas na classificação de proteção para crianças. “Incentivamos a melhorar as cadeirinhas e a segurança na parte traseira do carro. Ficariamos muito felizes se todos os governos permitissem o uso de cadeirinhas com sistema Isofix”, declarou Alejandro Furas, diretor técnico do Latin NCAP, que ressaltou que em testes anteriores, modelos como Fiesta e City obtiveram bons resultados devido ao uso desse sistema.

Segundo Furas, os airbags não são suficientes se o carro não tiver um sistema de retenção adequado. Depois do teste de colisão frontal com o Nissan Tsuru, por exemplo, o Latin NCAP levou 45 minutos para retirar a porta do carro com ferramentas e socorrer o dummie. Já no Celerio, um modelo menor da Suzuki, a cabine de passageiros não foi altamente danificada.

Único com 5 estrelas

Com seis airbags, hatch Seat Leon foi o primeiro modelo avaliado pelo programa a atingir cinco estrelas na proteção de adultos. Equipado com seis airbags, o modelo ofereceu boa proteção tanto à cabeça do motorista quanto a do acompanhante. Também somou pontos o fato de ambos os cintos de segurança serem equipados itens como limitadores de carga, por exemplo. A área dos joelhos do motorista e do acompanhante não tiveram modificações críticas, apesar do carro não ser equipado com airbag nessa região. O habitáculo foi considerado estável e capaz de suportar maiores cargas. Na avaliação infantil, o modelo obteve quatro estrelas. As cadeirinhas infantis para crianças de três anos e 18 meses com sistema Isofix evitaram um excessive deslocamento no momento de impacto. As intruções de instalação foram suficientes e elas ficaram permanentemente fixadas aos bancos.

Metodologia

O Latin NCAP realiza os crash tests frontais de veículos cedidos por montadoras ou adquiridos a partir do patrocínio de instituições que apoiam o programa. A colisão é realizada a 64 km/h contra uma barreira deformável descentralizada, que atinge 40% da parte dianteira do veículo. Após o impacto, sensores medem os efeitos do choque sobre dois manequins de tamanho adulto (que ocupam os bancos dianteiros) e outros dois que simulam a presença de uma criança de três anos e outra de um ano e seis meses nos assentos traseiros. A nota máxima para cada avaliação é de cinco estrelas.

Desde 2010, o Latin NCAP já realizou o crash test em 28 modelos. Na última bateria de testes, divulgada em março deste ano, o hatch Hyundai HB20 foi criticado por receber apenas uma estrela na proteção de crianças, enquanto a segurança dos adultos recebeu três. Já o utilitário esportivo Ford EcoSport recebeu quatro estrelas na segurança para adultos e três para crianças.

Na bateria de testes divulgada em novembro de 2012, os carros brasileiros foram criticados pela instituição por conta da defasagem em relação aos modelos europeus. Para o engenheiro Dino Lameira, especialista da área automotiva do PROTESTE Brasil, os modelos mais básicos comercializados aqui e no restante da América Latina estariam 20 anos defasados em relação aos similares europeus e americanos.

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Novas regras

No último dia 15 de julho, o Latin NCAP divulgou novas regras para seus testes de colisão. A entidade afirmou que o objetivo é melhorar a informação para consumidores e aumentar a exigência do nível de segurança para a classificação de estrelas, cuja nota máxima é cinco. A nova fase de testes inclui colisão lateral. A entidade também afirmou que só terão cinco estrelas os modelos que contam com quatro canais de freios ABS. A avaliação da área de colisão dos joelhos também foi intensificada. Para o Latin NCAP, o sistema de retenção por cintos de segurança deve evitar o impacto dos joelhos dos ocupantes contra a parte inferior do painel.

Confira as principais mudanças nos testes do Latin NCAP:

[table=60][tr][td][/td][td] Como era[/td][td] Como ficou[/td][/tr][tr][td] Impacto Frontal[/td][td] O veículo a 64 km/h é submetido a impacto contra contra um bloco imóvel deformável[/td][td] Permanece igual[/td][/tr][tr][td] Proteção Infantil[/td][td] Os sistemas de retenção infantil testados, como as cadeirinhas, deveriam ser comercializados por apenas 2 dos 3 principais mercados da América Latina (Argentina, Brasil e México)[/td][td] Os sistemas de retenção infantil testados deverão estar disponíveis nos três principais mercados da América Latina[/td][/tr][tr][td] Aviso de Uso dos Cintos de Segurança[/td][td] O Latin NCAP não levava em consideração avisos de cinto de segurança[/td][td] Para atingir cinco estrelas, o carro testado deve obter um ponto para o lembrete do cinto de segurança, como acontece na avaliação do Euro NCAP. Meio ponto vem da posição do motorista e outro meio ponto dos passageiros dianteiros[/td][/tr][tr][td] Impacto Lateral[/td][td] O Latin NCAP não levava em consideração testes de impacto lateral[/td][td] Para conseguir cinco estrelas, o veículo deve ser aprovado nesse quesito. A base do assento deve ter a mesma reclinação que foi usada no teste de impacto frontal, conforme a preferência do fabricante.[/td][/tr][tr][td] Proteção de ocupantes adultos[/td][td] Se, na inspeção pós teste, a cabeça, o pescoço ou o peitoral do passageiro tivessem conseguido o resultado vermelho, que significa "proteção pobre", o resultado seria de uma estrela[/td][td] Se, durante o teste, as mesma regiões têm o resultado vermelho, todos os pontos são perdidos e o veículo fica com nota zero[/td][/tr][/table]

Fonte: Revista Auto Esporte

Atenção na hora de postar notícias! Veja as regras: http://www.clubedoonix.com.br/announcement-5.html


Se levar em conta ser o agile um projeto recente, o onix não deve ir muito bem quando fizerem o dele!

http://www.latinncap.com/data/pdf/LN_ComunicadoImprensa_portugues.pdf


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o ágile apesar de recente usa uma plataforma do século passado, já era esperado um resultado ridículo mesmo.

O que mais indigna é que a mesma GM faz excelentes carros para o mercado internacional. E não digo nem pelo airbag, ele é importante, mas o que faz mais diferença é a qualidade na montagem do carro, no uso de engenharia. Uma vergonha.

As montadoras são tão sem-vergonha que não se contentam em economizar em acabamento, opcionais... tem que tirar abs, airbag, até solda é economizada.

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Não concordo, sofri um acidente a 100km/h contra um veículo a 20km/h no mesmo sentido e nem trincou os vidros, nenhum dos 5 ocupantes se machucaram (apenas luxações pela batida no painel).

Não sei como se baseiam esses testes, mas um acidente a 80km/h (100 - 20) e sem air-bag achei seguro.

O carro só deu PT pq meu amigo da GM quebrou o bloco na marretada.

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Não concordo, sofri um acidente a 100km/h contra um veículo a 20km/h no mesmo sentido e nem trincou os vidros, nenhum dos 5 ocupantes se machucaram (apenas luxações pela batida no painel).

Não sei como se baseiam esses testes, mas um acidente a 80km/h (100 - 20) e sem air-bag achei seguro.

O carro só deu PT pq meu amigo da GM quebrou o bloco na marretada.

Neste caso a parte frontal inteira do carro absorveu os impactos

nos testes, pelo o que percebí, menos da metade é atingida pelo obstáculo, creio que seria como vc tentasse desviar de um carro e uma parte da frente atingisse à mesma velocidade

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Neste caso a parte frontal inteira do carro absorveu os impactos

nos testes, pelo o que percebí, menos da metade é atingida pelo obstáculo, creio que seria como vc tentasse desviar de um carro e uma parte da frente atingisse à mesma velocidade

O farol esquerdo não sofreu dano, tanto que ainda estava ligado na hora do impacto, o dano foi em no máx 60% da frente, destruiu a roda direita e parcialmente a frente. entrou uns 20 - 30cm para dentro o farol direito.

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Matéria alarmista, isso sim.

O Agile que foi testado foi o vendido na Argentina, sem Air Bags.

Outro ponto, o Ágile usa plataforma de baixo custo com elementos do Celta, nada a ver com o Onix que usa a plataforma do Sonic.

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Paulo, você ta certo, foi a versão sem airbags, e a plataforma é antiga, como eu mesmo disse, mas não é alarmista não, segurança de carro nacional é uma vergonha.

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Que a segurança do carro nacional é ruim todo mundo ta careca de saber. Mas achei o comentário alarmista quando tentaram associar o fracasso do Ágile no teste, o Onix, como se o Onix fosse ter resultado ruim só pq o Ágile teve. Por isso alarmista.

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Eu não estou falando do documento do Latin N Cap estou falando do comentário do camarada acima:

"Se levar em conta ser o agile um projeto recente, o onix não deve ir muito bem quando fizerem o dele!"

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Entendi, vamos ver como ele se sai,

eu comprei o Onix pensando muito na segurança. To torcendo para que seja pelo menos melhor que o hb20.

Na prática já temos alguma breve idéia. O Wagner pode relatar alguma coisa sobre a segurança do nosso carro já que deu pt no Onix dele.

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conheço gente que comprou agile ltz pensando na segurança! e o onix foi a minha escolha pensando também na segurança, não estou seguro quanto ao mesmo devido à nota do agile, para mim foi uma decepção esta ocorrência (opinião pessoal).

Mesmo considerando que o agile tem algum tempo no mercado, é um lançamento recente! e o fato de ter adicionado airbag no brasileiro não acho que faria muita diferença, uma vez que a parte estrutural é muito relevante para a segurança.

Resta esperar que o onix tenha sido construido sob novos critérios... e obviamente torço por isto

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