Impressões do Chevrolet Onix

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Com 3,93 m de comprimento, 1,70 de largura, 1,49 de altura e 2,53 de entre eixos, o Chevrolet Onix chega com a proposta de oferecer estilo diferenciado, conectividade a bordo e visual interno descontraído.

O estilo não será unanimidade em termos de atração.

A grade frontal é muito grande e invade até mesmo o capô, embora os faróis agradem por seu aspecto moderno e formato dinâmico, que ainda contam com lentes com máscara negra e Ice Blue, dependendo da versão. A traseira conta com uma inspiração “germânica” da vizinhança do ABC Paulista.

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A enorme semelhança com o líder de mercado Gol é muito grande, só não sendo quase uma cópia por causa da vigia traseira, cuja base no Chevrolet Onix é curvada para o centro da tampa, criando certa “musculatura” no conjunto.

Mas não adiantou mexer na vigia traseira, se a própria lateral (mais a porta traseira), lembra aquele carro feito na Anchieta. Bom, de qualquer forma, o Chevrolet Onix é único por seu estilo frontal peculiar e por um interior mais atraente.

O Chevrolet Onix apresenta três kits de personalização que deixam o visual mais interessante e com as temáticas “Joy”, “Race” e “24Hours”. Estes apresentam grafismos personalizados na carroceria, painel e console, variando também o acabamento geral.

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Falando do interior, o Chevrolet Onix tem bom aspecto visual, especialmente se estiver equipado com alguns dos kits de personalização. O desenho geral é atraente e jovial, embora com grande quantidade de plástico duro e pouco tecido.

O painel de instrumentos análogo-digital adota o estilo “motocicleta” da GM, com a mesma iluminação Ice Blue característica dos mais recentes produtos da Chevrolet. O volante tem desenho moderno, mas acabamento simples.

Nas versões LT e LTZ, destaque para os difusores de ar cromados, assim como detalhes na alavanca e maçanetas. Outros itens possuem acabamento cinza, mas variando de acordo com o kit de personalização, se for escolhido.

Os difusores de ar são bastante eficientes e tem formato retangular, sendo que um deles possui acabamento móvel por causa da tampa do porta-luvas, que ocupa quase toda a parte externa à direita do conjunto central. O volume interno do pequeno bagageiro não é grande, mas possui iluminação.

No centro do painel, o sistema MyLink promete e cumpre a importação de aplicativos, vídeos, musicas, imagens e telefonia de aparelhos móveis. A tela de LCD sensível ao toque apresenta grafismo elegante e funcional.

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O sistema de som é razoável e tem sonoridade no nível esperado para o segmento do Chevrolet Onix. Os comandos de direção, limpadores e climatização são os mesmos encontrados em modelos mais caros da GM. Possuem boa aparência e praticidade.

As portas possuem desenho dinâmico e bom visual, mas o puxador interno tem localização ruim, prejudicando a ergonomia. As versões do test drive portavam apenas vidros dianteiros elétricos e retrovisores manuais. Já os bancos possuem aspecto bom, acabamento razoável e acomodam bem o corpo do condutor e dos passageiros.

O espaço dianteiro é bom, oferecendo ainda regulagens de altura da coluna de direção, cintos de segurança e banco do motorista. Atrás, o espaço é mais limitado, mas ainda assim razoável para pessoas de estatura mediana.

O teto é mais baixo atrás e requer mais atenção de adulto de estatura alta para não encostar a cabeça. Não há luzes de leitura, apenas o mesmo conjunto encontrado no Sonic. Mesmo assim, podem ter alças de segurança, espelhos nos para-sóis e porta-óculos.

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O porta-malas tem 280 litros e conta com iluminação, assim como suporte para ferramentas sobre o estepe. Este é do tipo fino 115/70 R16. Os pneus do Chevrolet Onix são 175/70 R14, 185/70 R14 e 185/65 R15. Há opção de roda de liga leve no LT e de série aro 15 no LTZ.

Sob o capô, o Chevrolet Onix traz os motores SPE/4 1.0 e 1.4, que são versões melhoradas dos conhecidos FlexPower. No 1.0, o bloco entrega 78/80 cv a 6.400 rpm e 9,5/9,8 kgfm a 5.200 rpm,respectivamente com gasolina e etanol. Já o 1.4 tem 98/106 cv a 6.000 rpm e 12,9/13,9 kgfm a 4.800 rpm, na mesma ordem.

A GM informa velocidades máximas de 162/167 km/h no 1.0 (gasolina/etanol) e 180 km/h no 1.4 (ambos os combustíveis). Na mesma ordem, o Chevrolet Onix 1.0 vai de 0 a 100 km/h em 13,7/13,3 segundos e o 1.4 precisa de 10,6/10,0 segundos. O consumo só será medido em uma avaliação mais completa. O tanque tem 54 litros.

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Impressões ao dirigir o Chevrolet Onix

Primeiro andamos no Chevrolet Onix 1.0, versão LT equipada com MyLink e kit “24Hours”. A posição de dirigir é boa, com o banco acomodando bem o corpo e as devidas regulagens melhorando a ergonomia. Ruim mesmo só o puxador interno das portas, onde os ocupantes precisam se acostumar com uma posição nada cômoda ao fechar a porta.

Por algum momento, a impressão é de estar conduzindo o Sonic por causa da grande semelhança dos componentes de acabamento do carro, inclusive painel e volante. O MyLink é um item muito interessante, mas para maior segurança, conecta aparelhos apenas com o carro parado.

O motor 1.0 é bom no uso urbano, tendo relações de marchas bastante adequadas. Se exige pouco desse motor neste ambiente, proporcionando assim maior conforto. No entanto, na estrada ele carece de maior cavalaria e se recente em subidas mais acentuadas.

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Não existe fórmula mágica. Motor 1.0 com 80 cv é bom mesmo para a cidade. Se o dia a dia do futuro proprietário do Chevrolet Onix for pegar a estrada, o motor 1.4 é obrigatório. Detalhe, rodamos sempre com o ar condicionado ligado. Nesses casos, o melhor é desligar.

Assim, na estrada, o ruído do motor invade o ambiente interno e o desconforto aparece, especialmente quando é necessário fazer reduções, que fazem o ponteiro chegar perto do vermelho, forçando o motor e o consumo.

Em velocidades de 100, 110 e 120 km/h, o Chevrolet Onix 1.0 apontou 3.200/3.500 e 4.000 rpm em quinta marcha. No plano, o ruído interno é razoável e na média dos rivais. A direção hidráulica é agradável, mas não tão leve quanto o esperado.

Os freios com ABS/EDB são eficientes e transmitem segurança, sem desequilíbrio da carroceria. A suspensão foi bem ajustada, filtrando a maioria das imperfeições e alguns buracos. Os pneus altos influenciam um pouco nas curvas mais fechadas, mas o conjunto se mostrou confortável e transmite confiança.

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Já o 1.4 LTZ é bem mais esperto, garantindo maior conforto ao dirigir e maior segurança no caso de ultrapassagens. Por ser menos exigido, o motor ressoou muito menos no interior, assim como menor número de reduções foi necessária durante a condução.

Em velocidades de 100 e 120 km/h, o Chevrolet Onix 1.4 LTZ estava com o ponteiro em 3.000 e 3.500 rpm, respectivamente. A versão se mostrou bem mais adequada à estrada e de modo geral é a mais agradável de conduzir, mesmo no perímetro urbano.

O engate das marchas é macio e preciso, proporcionando maior conforto. A embreagem também tem acionamento macio. A visibilidade frontal e lateral é boa, mas a traseira é ruim por causa da vigia pequena. Por isso, um dos acessórios que a GM disponibiliza é a câmera de ré integrada ao MyLink, além do sensor de estacionamento.

Enfim, podemos dizer que o Chevrolet Onix chegou pronto para a briga com os demais populares. Ele terá boas vendas, isso é fato. Ainda mais pelo grande número de consumidores que apostam na GM e também pelos que preferem um produto nacional.

Mesmo assim, será ele capaz de incomodar o líder “inspirador” do mercado e seus oponentes mais próximos? Vamos ver nos próximos meses. Amanhã visitaremos a fábrica da GM em Gravataí/RS e traremos mais detalhes e impressões da unidade onde é produzido o Chevrolet Onix.

Fonte: Notícias Automotivas