Lataria Frágil Teto Funilaria


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  • 2 semanas depois...

Bom dia Cezar.

Olha, vou dizer pela minha experiência com o meu carro. A lataria do teto, realmente me parece frágil. Uma outra coisa que me incomoda, e acho que é de péssima qualidade, é a pintura, no meu caso é a CINZA GRAFITE. Tenho meu veiculo há seis meses e a pintura dele já esta cheia de pequenos riscos, causadas por pequenos detritos e poeira. Tinha um Renault Clio, preto, e com o mesmo não tive esse problema com a pintura. Em janeiro já vou encostar ele na funilaria para retocar a pintura e fazer como um amigo sugeriu, aplicar a camada de proteção.

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Em 22/12/2017 at 07:33, cezarfoganholo disse:

Bom dia.

Eu queria mais experiências, pois acho que o material utilizado é de baixa qualidade, devendo ser reparado pela Chevrolet.

Bom dia!

Eu estou com meu onix a 9 meses e essa parte de lataria me deixou um pouco frustado. Ao lavar principalmente o teto ele afunda e volta, sem ao menos eu fazer força. E para encerar foi pior ainda. E aproveitando a porta esquerda traseira dele é desalinhada em relação a direita. Percebi isso nos ONIX fabricados em 2013.

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  • 3 semanas depois...

Aqui caiu um galho de uma arvore e afundou o capô (o galho era muito leve e pequeno). Não era para ter feito tal estrago.

Além disso o paralama perto do retrovisor, alguem "sentou" encostou ali nem chegou a marcar, mas foi o suficiente para desalinhar ... eu só descobri quando fui abrir a porta e a mesma pegou e mastigou um pedaço da lata ...

Achei o material da lata muito frágil e talvez seja por isso que recebeu nota ruim no crash test.

 

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...alguém aqui chegou a reclamar com a GM?

 

Caso Ônix: o (des)valor da vida e as ações coletivas

June 22, 2017

A Latin NCAP (Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina e o Caribe) "oferece aos consumidores informação independente e transparente sobre os níveis de segurança que tem os diferentes modelos de veículos no mercado". A instituição “utiliza métodos de ensaio internacionalmente reconhecidos e qualifica entre 0 e 5 estrelas a proteção oferecida pelos veículos para ocupantes adultos e ocupante criança.” E em um teste realizado com o Chevrolet Ônix a referida associação simplesmente reprovou o carro mais vendido do Brasil. Veja o relatório aqui.

Em resposta ao teste, a Chevrolet informou que segue as normas de segurança exigidas no Brasil, ou seja, nenhuma. E o governo brasileiro, que autoriza a venda, nada diz.

O fato é que há milhares e milhares de brasileiros correndo risco de morte ou de lesões gravíssimas por simplesmente andarem em um carro desses que, repita-se, é o mais vendido do Brasil.

Por que a Chevrolet não faz recall dos veículos vendidos e/ou simplesmente aposenta o modelo, considerado muito pobre em segurança dos ocupantes? A resposta está acima: é o carro mais vendido do Brasil. Só em 2016 a Chevrolet vendeu 153.372 veículos desse, segundo a Revista Quatro Rodas. Considerando que o modelo básico tem preço médio de R$ 50.000,00, estamos falando de uma geração de receita da ordem de R$ 7.668.600.000,00 (sete bilhões, seiscentos e sessenta e oito milhões e seiscentos mil reais) por ano. Estamos falando de um único modelo, o mais vendido do Brasil, e de um único ano.

Em torno de 35% desse valor é devido à incidência de tributos diversos no preço final do carro, o que faz com que o Estado arrecade, apenas com o Ônix, mais de R$ 2 bilhões por ano. Sem mencionar as receitas que esses carros vão gerar para a Chevrolet (revisão, peças, etc) e para o Estado (IPVA, multas diversas e impostos incidentes sobre a gasolina).

Resumindo: o Ônix é uma máquina fabulosa de dinheiro para a empresa e para o Estado!

O problema é que o Ônix não reúne condições de circular, não reúne condições mínimas de segurança para ser comercializado, segundo a Latin NCAP. Portanto por que o Governo não toma uma providência? Por que o governo que “reprova” veículos em vistorias não faz nada? Pelo mesmo motivo que a Chevrolet também não faz: a morte dá lucro. A conclusão parece macabra, mas é puramente econômica. E não é o primeiro caso.

Um dos casos mais famosos é o do Ford Pinto, vendido na década de 70 nos Estados Unidos. O veículo apresentava enorme risco de incendiar-se quando sofria colisão traseira, e a Ford sabia disso. Se sabia por que os vendeu mesmo assim? E depois que os vendeu por que não descontinuou o modelo? Por que não fez recall? Porque a Ford lucraria mais com as eventuais mortes do que com o conserto do automóvel ou simplesmente a descontinuação do modelo. Michael Sandel, em seu livro “Justiça – o que é fazer a coisa certa”, faz uma análise do “valor da vida” através da filosofia utilitarista, porém aqui ficaremos focados nas ações coletivas como instrumento de defesa (ou não) da coletividade.

Ao redor do mundo a Volkswagen fraudou o nível de emissão de poluentes dos seus carros movidos a diesel, com o fim de obter lucro. Porém após descoberta a fraude, além de outras perdas, somente nos EUA essa fraude vai lhe custar US$ 15 bilhões. O dano à imagem da empresa, fora do Brasil, foi enorme. No Brasil o modelo Amarok possui o mesmo engenho fraudulento.

A mesma “lógica” foi utilizada pela GM (Chevrolet) nos Estados Unidos quando se descobriu um problema na ignição dos veículos. Alguns modelos simplesmente desligavam sozinhos, com o carro em movimento, o que causou a morte de aproximadamente 121 pessoas nos EUA por causa desse defeito. De novo a mesma história: a montadora supostamente sabia do defeito, mas o custo do recall seria elevadíssimo, então ela fez cálculos e assumiu o risco. Estima-se que por causa desse defeito a GM perdeu mais ou menos US$ 550 milhões somente com indenizações.

O que isso tudo nos ensina? Que para as grandes empresas a vida tem um preço X, e que vale a pena arriscar a vida alheia se o preço dessa vida lhe representar um custo inferior a X. É uma questão de custo e benefício, não importando a questão emocional relacionada à perda de uma vida em situações trágicas. É assim que o mercado se comporta, e é para isso que – em tese – temos o Estado, que deveria proteger seus cidadãos em casos assim.

No Brasil tem-se uma dolosa e até mesmo criminosa omissão da Chevrolet e do Governo Federal. Aliás o Governo, em uma política ilógica e amoral, estimula o cidadão a comprar veículos (0km, principalmente, por causa da arrecadação) e depois o “pune” por ter comprado (com multas diversas), fazendo-o deixar o carro em casa para usar o transporte coletivo. Mas a questão aqui colocada tem direta relação com as ações coletivas e a sua eficácia para proteger direitos coletivos.

Quantas pessoas vão ajuizar ações de indenização em face da Chevrolet? Considerando apenas aqueles que possuem um Ônix... Quantas dessas pessoas – vítimas do carro seguro como “casca de ovo”, vão demandar? E das que demandarem, quantas vão ganhar (suas vidas estão em risco!) e quantas vão perder (indústria do mero aborrecimento!)? Pergunta final: vocês acham que o custo das eventuais indenizações vai superar a marca de R$ 7 bilhões? Eu creio que não, o que é a resposta que estávamos procurando.

A Chevrolet não vai parar de vender seu carro de brinquedo (R$ 50 mil!!!).

O Governo nada vai fazer a respeito (impostos e mais impostos).

E a nossa vida não vale nada.

E as ações coletivas? Não cabe uma ação coletiva para impedir a venda dessa casca de ovo em 4 rodas? Claro que sim! Mas aí entra a inefetividade das demandas coletivas, graças às mudanças legislativas e entendimentos jurisprudenciais limitadores de princípios constitucionais.

O Ônix é vendido em todo o território nacional, portanto o dano é nacional, o que faz a competência ser do foro da capital de qualquer Estado ou do Distrito Federal. Até aí tudo bem, compreende-se a estipulação do foro... O problema é que o art. 16 da Lei de Ação Civil Pública – LACP dispõe que “a sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator,...”. Isso significa dizer que eventual sentença proibindo a venda do Ônix pelo Juízo de Belo Horizonte, por exemplo, só vale no Estado de Minas Gerais. A ementa saiu pior que o soneto: a vida dos mineiros vale mais do que a vida dos restantes dos brasileiros. E não... O Ônix vendido em Minas Gerais não é diferente do Ônix vendido no Brasil inteiro.

Por essa aberração chamada de art. 16 da LACP é necessário propor uma ação em cada Estado, e outra no Distrito Federal, para que o carro deixe de ser vendido no país todo, e é preciso rezar para que em todos os Estados os pedidos sejam julgados procedentes, porque temos o risco do carro poder ser vendido em Minas Gerais e não poder ser vendido no Rio Grande do Sul. Decisões conflitantes, é óbvio. Inconstitucional é pouco.

No atual estado de coisas do Brasil nem nos espantamos mais com o fato de tamanha aberração ter sido aprovada no Legislativo, o que é triste. Mas deveríamos ficar espantados quando o Supremo Tribunal Federal decide que a limitação territorial da eficácia da sentença coletiva é válida.

O que vai acontecer com a Chevrolet e o Ônix? Espero estar errado, mas eu diria que não vai acontecer rigorosamente nada. O carro continuará a ser vendido, com o tempo todos esquecerão que esse carro é uma casa de ovo. E quantas pessoas morreram ou morrerão em colisões dentro desse carro? A Chevrolet não liga nem um pouco, porque o eventual valor que ela tiver que pagar a título de indenizações jamais passará, no total, de R$ 7 bilhões.

Ah! A Chevrolet não vende esse carro na Europa, nem nos Estados Unidos, porque ele não passaria nos rigorosos testes de segurança lá exigidos, e aqui negligenciados. O presidente da PROTESTE (associação civil que anunciou que irá propor uma ação coletiva) declarou:

“É uma ofensa à inteligência do consumidor que a General Motors, que afirma que o Onix é baseado numa plataforma global, não tenha tido êxito na versão avaliada pelo Latin NCAP. De acordo com os resultados do teste foi verificado que o carro não seria aprovado pela regulação da ONU (UN95), nem pela Norma Federal de Segurança Veicular dos EE.UU. (FMVSS214), aplicados na Europa e nos Estados Unidos respectivamente.

Não consideramos que a América Latina seja depósito para carros fora dos padrões exigidos, no entanto, infelizmente, não parece ser a opinião da GM. A PROTESTE, diante dos resultados decepcionantes do Onix, pedirá a sua retirada do mercado”.

Infelizmente a lógica é essa: a vida só vale alguma coisa na exata medida em que o desrespeito a ela gera prejuízo financeiro. E o sistema de limitação territorial do art. 16 da LACP faz com que o desrespeito à vida gere lucro, um lucro absurdo. Aliado à ineficiência das ações coletivas – muito por culpa do STF – tem-se leniência criminosa dos órgãos públicos de “controle”.

(https://www.liceuace.com.br/single-post/2017/06/15/O-desvalor-da-vida-e-as-ações-coletivas)

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